terça-feira, 3 de abril de 2012

Onde fica a Páscoa?

 

Pegue o mapa, procure o Chile, localize Santiago e vá pela esquerda. A Ilha de Páscoa é um lugar distante, localizado a 3700 km da costa da América do Sul. Com poucos moradores, não mais que 5 mil habitantes, os nativos são conhecidos como os Rapa Nui, que é o nome oficial da ilha que conhecemos como “Páscoa”.

 
A Ilha de Páscoa é conhecida no mundo todo pelas esculturas gigantes, os moas, que olham o infinito há mais de 600 anos. Feitas com rochas vulcânicas, as enormes esculturas são um mistério até hoje, pois pesam mais de 25 toneladas cada uma, e estão localizadas, quase todas, no litoral, muito longe do interior da ilha, que é onde se encontram as referidas rochas.

O lugar encanta turistas céticos. A Ilha ainda é um lugar pouco explorado, que passou a receber investimentos mais sólidos do governo de 20 anos para cá.

A cultura local tem a estética da cultura havaiana. Os turistas são recebidos no pequeno aeroporto de Maraveri com músicas polinésias e colares de flores. A melhor forma de explorar a ilha é alugando um carro. Em menos de duas horas é possível dar uma volta inteira em todo o local.

Uma das primeiras esculturas que o turista encontrará fica em Paro e tem cerca de 20 metros. Lá também está uma pedra muito redonda, a Te Pito Kura “o umbigo do mundo”. Se colocar uma bússola sobre ela, a agulha ficará louca, pois a pedra é magnética.

O mais incrível é a quantidade de moas. Praticamente mil no total, que geralmente se posicionam de costas para o mar. Os nativos acreditam que eles representam líderes de tribos que ali viviam, e que as misteriosas esculturas protegem os moradores.

Todos os moas foram esculpidos nas rochas de um mesmo vulcão, o Rano Raraku. Olhando para o grande morro, é quase impossível entender como os nativos conseguiram arrastar blocos tão pesados para locais tão distantes. Hoje Rano Raraku fica em um parque protegido, e o turista precisa pagar em torno de 50 reais para entrar na reserva.

Se você encontrar alguma pessoa deitada na areia, pode ter certeza que é turista. Os nativos odeiam areia. Segundo eles, a areia suja, e eles não gostam de se sujar. Sobre suas preferências, está o gosto por fazer churrasco em cima das pedras vulcânicas, num local da ilha que recebe fortes ondas de calor.

A capital da Ilha de Páscoa é Hanga Roa, além de ser a única cidade. Lá a energia elétrica é fornecida por três geradores e quedas de energia são constantes e esperadas. Também só  há um posto de gasolina, e um mercado e uma farmácia.

Mas o que poderíamos chamar de precariedade, não incomoda os moradores. Eles se mostram muito orgulhosos por sua rotina e cultura. Adoram mostrar aos turistas seus rituais. Nas festividades, usam seus trajes típicos, que é uma roupa minúscula. Não se espante se encontrar pela ilha sorridentes homens ou mulheres seminus. Apesar de tradicionalistas, são todos católicos (herança missionária francesa) e veneram Bob Marley. A lei os protege, só quem tem sangue Rapa Nui pode comprar terras.

Os hotéis são uma experiência a parte. Televisão é uma raridade e Internet idem.  Como quase tudo na ilha, as diárias de hotéis são caras. É comum encontrar turistas acampados em barracas conhecidas como Mihi Noa, que custa apenas 20 reais. Os habitantes falam espanhol. E, um conselho, nunca diga a um nativo que a terra onde vivem faz parte do Chile. Muitos deles consideram-se parte da Polinésia Oriental. 



Estas são apenas algumas informações sobre este lugar solitário e místico que atrai turistas de todo o mundo. Há muitos mistérios que envolvem a Ilha, e há teorias muito interessantes acerca da história dos povos primitivos que habitaram o lugar e é isso que torna a Ilha de Páscoa tão interessante.

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