sexta-feira, 27 de abril de 2012

A sujeira a bordo dos Cruzeiros


O Turismo no Brasil através de cruzeiros cresceu consideravelmente nos últimos anos. Em viagens assim, o cuidado e conservação de alimentos, bem como a higiene dos navios é fundamental.

Uma má conservação dos alimentos e falta de higiene podem provocar surto de doenças nas embarcações, por serem espaços pequenos, com muitas pessoas e onde se fica boa parte do tempo.

Uma avaliação realizada pelo governo revelou problemas na alimentação e higiene na maioria dos navios de turismo da costa brasileira.

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou um ranking com as avaliações feitas nos navios brasileiros. A lista foi elaborada com base na primeira ronda de fiscalização dos navios, feitas entre outubro de 2010 e maio de 2011 e mostra dados preocupantes como cozinhas sujas e comida mal lavada, entre outros problemas.

Os dados divulgados mostram grande preocupação, pois já houveram episódios envolvendo navios de contaminações por viroses, causando até mortes. Um exemplo foi com o navio Vision of the  Seas, onde 310 pessoas tiveram vômito e diarreia, provavelmente causada por um vírus.

Na avaliação feita, o navio com a pior nota foi o Grand Amazon, que obteve a nota D, o que significa “condições sanitárias insatisfatórias” e o navio com a melhor nota foi o Grand Mistral.

De acordo com a revista Época a Associação Brasileira de Cruzeiros (ABREMAR), afirma que: “as empresas responsáveis pelos navios de turismo tomam todas as providências necessárias para prevenir surtos, pois todos os navios possuem sistemas complexos de tratamento de água, descarte e reciclagem de lixo, tratamento de efluentes, segurança ambiental, além de sistemas eficazes de controle alimentar e certificações que atestam sua alta qualidade. Além disso, os cruzeiros marítimos que chegam ao Brasil obedecem as rígidas regras e controles determinados por organismos internacionais.”

A ANVISA divulgou a lista e disse que os navios só seriam liberados depois que as irregularidades fossem corrigidas. Ela salientou também que os passageiros prestassem atenção nas condições dos navios, pois os mesmos poderiam piorar durante as viagens, mesmo após a liberação para viajar.

A revista sugere algumas dicas para evitar doenças a bordo de navios como lavar as mãos com frequência, evitar alimentos crus, e dar preferência às águas minerais que venham em embalagens lacradas.

A fiscalização será mantida e apesar das justificativas dadas pela ABREMAR é essencial que haja uma intensa fiscalização para garantir o conforto e o bem estar do turista que paga caro por um bom atendimento. Esse turista merece ter o melhor no que é básico: higiene.

Acadêmica: Keila A. Oliveira Sonomura


Fonte de Pesquisa: Revista Época edição 722-ano 45-19/03/2012.

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