O Turismo no Brasil
através de cruzeiros cresceu consideravelmente nos últimos anos. Em viagens
assim, o cuidado e conservação de alimentos, bem como a higiene dos navios é
fundamental.
Uma má conservação dos
alimentos e falta de higiene podem provocar surto de doenças nas embarcações,
por serem espaços pequenos, com muitas pessoas e onde se fica boa parte do
tempo.
Uma avaliação realizada
pelo governo revelou problemas na alimentação e higiene na maioria dos navios
de turismo da costa brasileira.
A ANVISA (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou um ranking com as avaliações feitas
nos navios brasileiros. A lista foi elaborada com base na primeira ronda de
fiscalização dos navios, feitas entre outubro de 2010 e maio de 2011 e mostra dados
preocupantes como cozinhas sujas e comida mal lavada, entre outros problemas.
Os dados divulgados
mostram grande preocupação, pois já houveram episódios envolvendo navios de
contaminações por viroses, causando até mortes. Um exemplo foi com o navio
Vision of the Seas, onde 310 pessoas
tiveram vômito e diarreia, provavelmente causada por um vírus.
Na avaliação feita, o
navio com a pior nota foi o Grand Amazon, que obteve a nota D, o que significa
“condições sanitárias insatisfatórias” e o navio com a melhor nota foi o Grand
Mistral.
De acordo com a revista
Época a Associação Brasileira de Cruzeiros (ABREMAR), afirma que: “as empresas
responsáveis pelos navios de turismo tomam todas as providências necessárias
para prevenir surtos, pois todos os navios possuem sistemas complexos de
tratamento de água, descarte e reciclagem de lixo, tratamento de efluentes,
segurança ambiental, além de sistemas eficazes de controle alimentar e
certificações que atestam sua alta qualidade. Além disso, os cruzeiros
marítimos que chegam ao Brasil obedecem as rígidas regras e controles
determinados por organismos internacionais.”
A ANVISA divulgou a
lista e disse que os navios só seriam liberados depois que as irregularidades
fossem corrigidas. Ela salientou também que os passageiros prestassem atenção
nas condições dos navios, pois os mesmos poderiam piorar durante as viagens,
mesmo após a liberação para viajar.
A revista sugere algumas
dicas para evitar doenças a bordo de navios como lavar as mãos com frequência,
evitar alimentos crus, e dar preferência às águas minerais que venham em
embalagens lacradas.
A fiscalização será mantida e apesar das
justificativas dadas pela ABREMAR é essencial que haja uma intensa fiscalização
para garantir o conforto e o bem estar do turista que paga caro por um bom
atendimento. Esse turista merece ter o melhor no que é básico: higiene.
Acadêmica: Keila A.
Oliveira Sonomura
Fonte de Pesquisa: Revista Época edição 722-ano 45-19/03/2012.
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